Vila Real de Santo António, fronteira com Espanha, ao leste de Portugal. |
Dia 23 de junho de 2017, sexta-feira. Nosso objetivo está próximo. A fronteira Portugal/Espanha ao leste. Isso quer dizer que teremos um pedal de aproximadamente 82k, ida e volta, entre Tavira e Vila Real de Santo António.
Logo após o delicioso café da manhã, partimos com a trilha já estabelecida no GPS. Estávamos novamente por nossa conta. É importante explicar. Somos aventureiros sim, “pero no mucho”. Gostamos do turismo de apreciar a paisagem, curtir cada quilometro. Na verdade, cada metro. E pedalar sem guia exige mais atenção ao GPS pois se você perder uma esquina, um desvio, tem que parar, tem que voltar. Enfim, ficar mais ligado ao trajeto. Com guia, você relaxa. A preocupação com o caminho é dele.
Cabanas de Tavira |
Mais ou menos 7k depois, chegamos em Cabanas de Tavira. Um lugar muito simpático à beira do final da reserva da Ria Formosa. Paramos para um cafezinho. Muito bom.
Cacela Velha |
Nossa parada seguinte foi Cacela Velha que fica em Vila Nova de Cacela.
No caminho, muitas flores. Estávamos no verão mas a primavera ainda estava presente. Muitas flores. |
Muitas aldeias, vilas. Cada pedaço de Portugal foi sendo “degustado”. Nossos sentidos todos aguçados. Os cheiros, as cores, os sons. As pessoas, a arquitetura que tanto nos lembra nosso lar, Brasil.
Capela em Cacela Velha |
Final da Ria Formosa. Agora é mar. Acabaram-se as ilhas. |
Nosso pedal estava muito tranquilo. O tempo muito bom. Como já dissemos e repetimos: Que calor. Não é fácil pedalar com esse sol. Mas a luz que ele nos oferece, o azul com que ele nos cobre, o brilho e a transparência que empresta às águas do mar, é um prêmio aos nossos olhos, um presente às nossas almas. Tudo ganha mais vida, e nós, mais emoção.
Aí está a fronteira. Rio Guadiana, entre Vila Real de Santo António-Portugal e Ayamonte-Espanha, lá ao fundo. |
Esculturas em arame como essa, estavam expostas na praça. |
No calçamento da praça, as pedras portuguesas que tanto conhecemos no Brasil. |
Em Vila Real, aproveitamos para um lanche, uma volta pela cidade. Os enfeites das festas juninas ainda estavam por lá. Afinal a festança ainda não terminou.
Os enfeites na praça nos dizem que as festas juninas continuam. |
No caminho de volta, agora mais pelo interior, nossa paisagem é de campo. Não menos bonita que a região junto ao mar. Na verdade não estamos muito longe da costa.
Diferente do Brasil, há pouca terra na Europa em geral. Portanto, cada pedaço tem que produzir. |
Final da jornada. Missão cumprida. Depois de aproximadamente 1.200k desde o norte de Portugal, Valença na fronteira com a Espanha ao norte, até Vila Real de Santo António, fronteira com a Espanha ao leste, felizes e razoavelmente cansados, brindamos a este maravilhoso país e a esta maravilhosa oportunidade da vida de poder viver e compartilhar com a pessoa amada, uma aventura tão linda e significativa. Pois afinal, é você quem escolhe os seus caminhos. E nós estamos muitos orgulhosos de termos escolhido esses por onde vivemos e passamos.
Dia 24 de junho de 2017, sábado. Dia de embalar as bikes pra começar o caminho de volta para casa.
Minha cara é uma mistura de: “Que saco embalar as bikes”, com “Que pena, acabou” |
Já com saudades da terrinha e dos grandes amigos que fizemos e outros que reencontramos, partimos agora para Madri, nossa última escala de volta para casa. Nosso voo sai de Faro. Até a próxima Portugal. Ficou um pedaço de nossos corações com você, com sua gente.
Nosso último por do sol em Tavira, Portugal. |