Destino: Écija

Dia 25 de abril, quarta-feira. Após o café da manhã despachamos a bagagem, pegamos as bikes e iniciamos mais uma etapa. Saindo de Córdoba, desta vez o caminho seria pela Via Verde de La Campiña, até Écija. Logo ao sair da cidade atravessamos sobre o rio Guadalquivir. Seguimos por sua margem esquerda e nos surpreendemos ao passar por uma comunidade que parecia, para nós brasileiros, uma favela. Na verdade era um acampamento cigano.

Em uma área murada, os ciganos montaram o acampamento.

A Via Verde de La Campiña é também uma ciclovia construída em uma extinta ferrovia com uma paisagem bem distinta da Via Verde Del Aceite onde predominam as oliveiras. Neste caminho encontramos culturas de trigo, muito trigo, canola e, claro, oliveiras.

O caminho é lindo. Campos e mais campos verdes, amarelos. A diferença do caminho também se nota pela falta de lugares para parar e comer. Ainda bem que, além de bastante água, sempre estão em nossos alforjes um sanduíche, alguma fruta e barrinhas de cereal, pois não encontramos nem um simples boteco até chegar ao destino.

A chegada a Écija, vindo pela ciclovia, passa por esse parque. Lindo.

Chegamos em Écija, mas…nossa bagagem ainda não tinha chegado ao hotel. Na verdade ficamos surpresos pois chegamos bem antes do que prevíamos. Nos hospedamos no Apartamentos San Pablo. Foi a única vez em toda essa viagem pela Andaluzia de 28 dias, trocando de cidade e hotel quase todos os dias que o sincronismo falhou. Chegamos antes das malas. Então deixamos as bikes e fomos, com a roupa de bike, sapatilhas, capacete, rapidamente em busca de um restaurante pois a fome era forte. Tudo fechado. Tinha passado da hora do almoço. Só nos restou…Burger King. A junk food ainda vai salvar o planeta da fome. Sobrevivemos.

Voltando ao hotel vimos que ao lado tinha um posto de gasolina com um esquema muito legal para lavar as bikes. Deixamos as nossas amigas muito limpinhas para seguir viagem no dia seguinte.

No posto, no meio do ralo você encaixa o pneu da bike. Ela fica firme. Você coloca as moedinhas na máquina, pega a mangueira de pressão, esguicha sabão e lava.

Após o banho das bikes, nós também estávamos precisando de um. A bagagem enfim tinha chegado, tomamos um excelente e relaxante banho. Recuperados tínhamos ainda luz do dia para um passeio. Conhecer um pouco da cidade.

Écija é pequena, muito simpática com suas praças, parques e ruas bem cuidadas. Fizemos um passeio a pé muito agradável. Claro que também aqui encontraram ruínas romanas. Esses caras dominaram Europa, Ásia e África durante muitos séculos. E no centro da praça uma entrada para a visitação às ruínas no subsolo.

Ali, no meio da praça uma escavação descobriu ruínas romanas. Incrível.

Écija também é famosa por suas altas temperaturas no verão. Chamam-na de “sarten da Andaluzia”. O que quer dizer “frigideira da Andaluzia” pois dizem que se abrir um ovo na calçada, no asfalto, ele frita.

Voltando para o hotel, passamos pelo parque que era em frente a ele. Uma paradinha para uma foto e depois descansar um pouco para o jantar que acabamos reservando no restaurante Pablo Picasso no próprio hotel. Para amantes de pão como nós, no jantar foi servido o melhor pão de toda a viagem até então. Saciados, física e espiritualmente, tivemos uma noite de sono maravilhosa com a expectativa da ida para Málaga, por coincidência, berço do grande Picasso, criador do cubismo. A cidade no litoral seria nosso último destino antes de deixar a Espanha em direção à Colônia na Alemanha.

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