Albufeira e Tavira

                     Albufeira é muito interessante e muito agitada nessa época.

Dia 19 de junho de 2017, segunda-feira, lembrando que é dia de ficar de plantão. Estamos em Albufeira. Hotel Vila de São Vicente, charmoso, bem localizado.

Fomos almoçar e brindamos com um Aperol nossa chegada. O dia não estava azul, mas estava bonito. Achamos que vamos repetir muito ainda a frase a seguir. Apesar de nascidos e criados em um país tropical, cremos que nunca sentimos tanto calor.

A praia estava com razoável movimento, porém as ruas estavam bem movimentadas.

Um lugar muito simpático, no alto da cidade que se pode alcança por uma escada rolante ao ar livre.

Albufeira tem um turismo forte. O inglês chega a ser mais usado que o português. Às vezes a gente se pegava respondendo às perguntas feitas em inglês pelos atendentes de restaurantes e lojas. Aí nos lembrávamos que era Portugal e voltava o português. O engraçado foi que em algumas situações, respondíamos em português e o garçom continuava o diálogo em inglês, não percebendo que falávamos a sua língua. Em outros momentos o atendente era inglês ou de outra nacionalidade, falando mal o português e era mais fácil usar o inglês. Coisas do Algarve.

                                                              Praia de Albufeira

Voltamos ao hotel pois tinha trabalho a ser feito. Gravandooooooo. Aproveitamos também para fazer contato com um guia local para mostrar nosso caminho e continuar o pedal. Descobrimos o Gabriel, um cara muito legal e que, a princípio faria apenas um tour de carro pela região.

Dia 20 de junho de 2017, terça-feira. O fuso horário permite que se use a parte da manhã para passear pois o plantão começa às 09hs, hora do Brasil e nosso fuso é de 4hs à frente. Portanto tínhamos até as 13hs livre.

                                                                  Praia da Guia
                                                                Praia da Guia.

Fizemos esse tour de carro e aproveitamos para fazer a cabeça do Grabriel. Queríamos que ele nos guiasse até Tavira.

              Silves-Pêra. É muito comum esses passadiços onde tem mangue ou duna.
                 Esse passadiço passava por um rio e nele vimos algumas tartarugas.
                                                              Praia de Porches-Lagoa

Estava já na hora de voltar ao hotel. No caminho paramos para comer bolas de Berlim. O nosso sonho de padaria que tanto amamos. Nossos argumentos foram fortes e convencemos o Gabriel a nos guiar, mas ele iria até Faro pois a mãe dele reside lá. Terminamos nossa terça-feira à beira da piscina tomando um delicioso cafezinho, com um visual estonteante.

        Eu só virei para fazer a foto. Estava mesmo olhando para o “marzão” lá embaixo.
Dia 21 de junho de 2017, quarta-feira. O Gabriel passou no hotel e partimos em direção a Tavira. Essa primeira jornada seria de 40k e deveríamos estar em Faro, mais ou menos metade do caminho, por volta da hora do almoço. O percurso foi bem tranquilo, bem plano. Um passeio. Passamos por lugares incríveis. Olho D’Água, Vilamoura, Quinta do Lago.
                                                          Posando na marina

Passando Olho D’Água, chegamos em Vilamoura, um lugar que parece um grande shopping center ao ar livre, com um marina.

                                             Olho D’Água, no caminho para Faro.
                                                         Marina em Vilamoura
    Restaurantes estrelados, lojas de grife, bares charmosos, um luxo só em Vilamoura.

Saindo desse complexo de luxo, entramos em Quarteira, de características bem diferentes, com prédios e mais prédios frente ao mar, bonitos, mas sem luxo. Tomamos um café e comemos bolas de Berlim. O que tinha de doces e pães dava vontade de ficar o dia todo comendo.

Seguimos para a Quinta do Lago. (do Sul e do Norte) Um condomínio de super mansões, onde grandes milionários e bilionários do mundo tem suas casas no Algarve. Pilotos de F-1, grandes astros do futebol, artistas hollywoodianos e por aí vai. Tem uma avenida com o nome do nosso grande e eterno campeão, Airton Sena.

                                                           Quinta do Lago
                                       Entramos no condomínio por essa avenida.

Saindo dele entramos no Parque Natural da Ria Formosa. A Ria Formosa é uma gigantesca laguna. Prá você chegar ao mar precisa atravessar de barco ou raramente se encontra uma ponte. No ponto mais largo chega 6 km. É uma área alagada pelo mar periodicamente. Chama-se sapal. Procure no Google. É muito interessante.

                       A Ria e lá atrás uma das raras pontes para se chegar ao mar.

Na região encontramos algumas salinas e paramos para uma pausa e umas fotos junto ao monte de sal. Dizem que a flor de sal dessa região é considerado o melhor do mundo. Flor de sal, segundo nos explicaram, é a primeira tirada da salina. A primeira camada.

                                              Atrás, uma montanha de sal.

 Uma das poucas fotos feitas com o Gabriel com o nosso celular. A única, acreditamos.

                                 Gabriel nosso guia, em frente a montanha de sal.

Depois dessa parada, o pedal foi direto até Faro, onde chegamos com bastante fome. Procuramos um lugar para almoçar e nos despedimos do Gabriel. Mas como tínhamos ainda mais de 40k pela frente e não sabíamos como era o percurso, resolvemos lanchar para não ficar pesado e com sono. O Gabriel voltou de trem para Albufeira para pegar nossa bagagem e levar até Tavira. 

                       As nuvens prenunciavam um toró. Ainda bem que não veio.

Depois de uma tosta gigante com suco de laranja, empreendemos um pedal de mais 42k até Tavira. Mas antes demos uma voltinha pela cidade, só para não dizer não conhecemos um pouquinho.

O Centro é bem interessante. A cidade é bem tranquila. O dia não estava muito propício ao turismo, talvez por isso o pouco movimento nas ruas. Pouco, comparado a outros lugares por onde passamos, lotado de turistas. 

                       Pedalando por Faro antes de reiniciar o roteiro até Tavira.
                          O centro e suas calçadas em mosaico muito bonito.

O trajeto nos foi dado pelo Gabriel e colocamos no nosso GPS para chegar sem erros. O caminho foi todo feito por estradas de terra pela zona rural, junto à Ria e várias salinas. Não temos fotos pois marinheiros de primeira viagem sem guia, estávamos tão concentrados em não errar o caminho que fomos indo, indo, indo e de repente, chegamos. Aí sim fotografamos.

Casa Branca Turismo Rural. Nosso hotel em Tavira. Longe do centro, mas maravilhoso.

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