Dia 23 de abril, segunda-feira. Sem querer ser repetitivo, mas já sendo, é dia de plantão de trabalho. Então usamos parte do dia para os afazeres técnicos, entre eles, lavar roupa. Descobrimos uma lavanderia automática na parte não turística da cidade. É onde você percebe a vida local sem aquela movimentação de turistas com suas máquinas fotográficas ou melhor, com seu celulares, fotografando, fazendo selfies. Roupa lavada, fomos almoçar à beira do rio Guadalquivir em um restaurante com mesas fora, no jardim, vista para o rio. Voltamos ao hotel sempre pelo mesmo caminho, subindo e descendo a Calle San Fernando e dá-lhe trabalho.
Dia 24 de abril, terça-feira. Apesar do plantão tivemos uma grande parte do dia para visitar a catedral mesquita. Na rua é normal encontrar guias em várias línguas. O nosso, em espanhol, chamava-se Pablo e andava com um guarda-chuva amarelo.
A Catedral Mesquita de Córdoba, também conhecida apenas como Mesquita de Córdoba é do século X, erguida sob o governo do emir Abderramão III, considerado um dos maiores governantes da história islâmica. Córdoba estava em alta na época.
Cada detalhe, cada canto, enfim cada minúsculo espaço é de uma beleza absurda. Ela é o melhor exemplo da arquitetura muçulmana no mundo ocidental, ao lado de Alhambra de Granada. Exemplo maravilhoso de arquitetura da combinação de duas religiões, muçulmana e cristã. Quando reconquistada pelos cristãos D. Fernando teve o bom senso de preservar os espaços construindo uma catedral no meio da mesquita, sem destruir o que havia dos muçulmanos.
Jussara se sentiu novamente abençoada com a imagem na mesquita pois quando fez o Caminho de Santiago ela encontrou a mesma imagem na porta de uma casa e isso para os peregrinos é uma benção. Hora do almoço e acabamos indo comer um misto de tapas pois tínhamos que voltar para o hotel. Trabalho a vista. Na manhã seguinte partiríamos para Écija.