Dia 14 de junho de 2017, quarta-feira. Ao sair de Aljezur resolvemos não seguir o caminho do arquivo GPX fornecido pela empresa Live Love Ride e empreendemos uma jornada independente. Foi muito engraçado pois logo de saída ficamos dando umas voltas pelo lugarejo e não conseguíamos sair dele. E as subidas que apareceram deram uma canseira danada. Mas, claro, muita risada. Foi muito divertido. Quando encontramos o caminho, o Ivo, haja saúde, saiu na frente e desapareceu. O Nilton em seguida. Como somos mais lentos e a Simone nos acompanhou, Ivo ficou pacientemente esperando, sentado à beira do caminho.
Quem espera, sempre…espera.
Brincando de fazer panorâmica no celular, deu nisso.
Na foto abaixo, a trilha que se vê ao fundo tem uma descida forte como dá pra perceber. O Ivo desceu na frente, o Nilton em seguida e eu, Jussara e Simone amareleamos. Infelizmente o Ivo acabou tomando uma queda bem no final dela. Aquelas quedas inexplicáveis. Ele já tinha parado. Quando foi apoiar o pé no chão, faltou chão e ele acabou caindo e batendo as costas em uma pedra e fraturou uma costela, mas ele continuou. Apareceu uma caminhonete durante o percurso e até perguntou se precisávamos de alguma coisa. Sugerimos a ele pegar uma carona e ir até um hospital. O “raçudo” não quis. Não é que o “hômi” foi até o fim do percurso pedalando, com uma temperatura de mais de 40 graus? Todos nós, ao final, nos arrependemos de não ter “brigado”com ele e não deixado terminar o trajeto naquele estado. Eeeee…que saúde…e teimosia, tem esse cara.
A caminho de Pedralva, onde dormiríamos.
A princípio não gostamos da reserva em Pedralva, porque não era na praia. Porém a aldeia se revelou um grande surpresa. Uma agradável surpresa. Um lugar, que se pode dizer sem erro, bucólico. Foram 58k até chegar lá. E o calor aumentando. Como faz calor no verão no Algarve. É famoso esse calor.
Chegando em Pedralva
A aldeia de Pedralva em Vila do Bispo.
Simone entrando na “casinha quarto” do hotel.
Jussara na nossa “casinha quarto”.
Uma aldeia de pouquíssimos habitantes e teve parte de suas casas compradas e restauradas para virar uma pousada. A recepção do hotel ficava no restaurante e bar. Os quartos, eram as casinhas ao longo de duas ruas. Quarto, sala, cozinha e banheiro. Tudo pertinho. Como se a aldeia fosse o hotel. Muito interessante. Curtimos muito. Tinha um espaço com tudo para lavar as bikes e um pequeno galpão para guarda-las com segurança. A comida excelente, o café da manhã muito bom e o atendimento feito por um pernambucano que já está com sotaque português embora não reconheça. Conheça a História de Pedralva
Dia 15 de junho de 2017, quinta-feira, feriado de Corpus Christi. Acordamos cedo, um belo café da manhã, e o destino agora é Sagres. Aproximadamente uma hora de pedal e estávamos em uma estrada de terra onde ficamos curiosos com um senhor pegando algo na beira da estrada. Eram caracóis comestíveis. Na foto dá prá ver os bichinhos enfiados no meio da planta. Como negócio, existem grandes produtores que faturam milhões por ano com caracóis.
Os caracóis que ficam nas plantas altas, cheias de espinho. Difíceis de pegar sem se espetar.
Uma balde desse dá pra faturar uns bons euros.
E vamos em frente. A estrada é boa e o pedal hoje é bem curto. Coisa de 36k no máximo até o hotel. Mas queremos visitar o farol do Cabo de São Vicente antes. É um lugar de grande afluxo turístico. Com certeza vai ter muita gente por lá.
A caminho de Sagres, com escala em Cabo de São Vicente.
As paradinhas para água, fruta e poses.
Vamos em direção à costa novamente. Encontramos o mar alguns quilometros à frente. A cada etapa vamos ficando mais e mais apaixonados por nossa terra mãe. Campos e praias lindos, gente maravilhosa, comida, sem comentários.
Flor que não conhecíamos. Não sabemos no nome.
A clássica pose levantando a bike.
No caminho para Sagres
A cor da água ali embaixo é veeeeeerrrrde.
Cabo de São Vicente
Na cadeirinha em Cabo de São Vicente com farol ao fundo
Ficamos com inveja e fizemos foto também
Farol do Cabo de São Vicente
Cabo de São Vicente e seu farol, vistos da Fortaleza de Sagres.
Ao fundo, Sagres vista a partir do Cabo de São Vicente.
Vista de nosso hotel em Sagres. Muito feia.
Ainda era dia quando chegamos ao hotel em Sagres. Foi o tempo de tomar banho e ir conhecer a Fortaleza de Sagres, onde “existiu” a lendária suposta escola criada pelo Infante D. Henrique. O Ivo, estava com dores e não nos acompanhou. Teimoso, insistia em não querer ir a um hospital. A escola de Sagres se existiu ou não ninguém tem provas. Enfim foi um passeio muito interessante. O dia estava lindo e aí aproveitamos para experimentar os tais caracóis. O sabor, decisão unânime, não é lá essas coisas. A aparência, bem estranha para não iniciados, mas com uma cerveja gelada, não sobrou um caracol no prato.