Enfim, Lisboa

04/06/2017, Domingão. Sol, céu azul. Não sabíamos mas era dia de festa. Cascais estava em festa. Muita gente nas ruas. Muitas crianças. Após o café da manhã saímos, e cinco minutos depois já estávamos no meio da folia.

                          Encontramos nossa frase: “A festa começa em nós”
                          Com essa calçada e essa festa, brasileiro se sente em casa.

Encontramos mais uma frase que nos disse muito: “Contento-me com pouco, mas desejo muito” – Cervantes

Foi difícil deixar pra trás aquele movimento todo, mas tínhamos que seguir em frente. O nosso guia Sergio tinha uma reserva no comboio (trem) para voltar para sua casa no Porto.

O nosso guia tinha estudado o caminho e feito uma rota pelas ciclovias com alguns desvios, etc. Mas eis que, descobrimos uma coisa. A Avenida Marginal que liga Cascais a Lisboa estava toda fechada ao tráfego de veículos automotores ou seja, bastou seguir pela avenida.

Foi uma sorte pois soubemos que um domingo por mês eles fecham toda a Marginal e liberam para o público assim como fazem aqui com a Av. Paulista todos os domingos. Era aquele domingo. Nesse dia os bombeiros estavam expondo todos o seus veículos antigos. Era o Museu dos Bombeiros ao ar livre.

Foi um pedal muito gostoso, muito divertido e os 37k pareceram brincadeira. E assim chegamos ao Mosteiro dos Jerónimos, hoje Panteão Nacional. Estávamos enfim em Lisboa, na freguesia de Belém e claro, não poderíamos perder os pasteis de Belém.

Tanques cheios com bastante acúcar depois de vários pastéis, agora era chegar ao hotel. Até lá, passamos pela zona revitalizada do antigo porto de Lisboa, com restaurantes, bares e áreas de lazer. Chegamos na Praça do Comércio, um espaço enorme em frente ao Rio Tejo. É Lisboa. Para celebrar nossos dias maravilhosos de pedal e ansiosos pelo que ainda viria quando os amigos brasileiros chegassem para conhecermos o Algarve, entramos no Museu da Cerveja e curtimos com muita vontade, os bolinhos de bacalhau com recheio de queijo da Serra da Estrela e muita cerveja.

Felizes como nunca, fomos para o hotel. Nós e o nosso guia, Sergio, que a essa altura já tinha se transformado em um grande amigo, tínhamos que nos separar. Fim dessa jornada desde Viana do Castelo. A emoção nos tomou e todos choramos. Afinal estivemos juntos no Porto, Douro, Coimbra e todo o caminho de Nazaré até Lisboa. Saudades.

Aqui e além em Lisboa – quando vamos

Com pressa ou distraídos pelas ruas

Ao virar da esquina de súbito avistamos

Irisado o Tejo:

Então se tornam

Leve o nosso corpo e a alma alada

 

Sophia de Mello Breyner Andresen (1994), in Obra Poética, 2011

Deixe um comentário

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Imagem do Twitter

Você está comentando utilizando sua conta Twitter. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s