Douro, patrimônio mundial

Sensacional. Maravilhoso. Indescritível. Como dizem aqui: Muito fixe. Muito giro. É a gíria deles para muito legal. Muito bonito. A Jussara, claro, chorou quando viu essa paisagem. Não é para menos. Parece que abriram as cortinas e na sua frente uma cena irreal de filme. Porém, não era só um filme. Era o nosso filme. Nosso roteiro, nossa viagem. Sentimos o Douro, vivemos o Douro e por fim, bebemos o Douro.

A mais antiga região vinícola demarcada do mundo. Desde 1756. As uvas plantadas nas encostas, formando degraus dão um aspecto quase irreal. Se fossemos falar  de tudo o que gostamos nesse pedal pelas estradas, vilas, aldeias, quintas, ficaríamos horas e horas escrevendo. Mas vamos lá …

Dia 19 , uma sexta feira bem cedinho o Sergio , dono da Fold n’ Visit e nosso guia foi nos buscar no Porto e fomos de carro aproximadamente 100 k até Provesende (talvez uma das aldeias mais altas do Douro ), deixamos a bagagem, pegamos as bikes e daí descemos e descemos e descemos até Vila Real, onde almoçamos em um restaurante com os espaços ocupados por grandes barris, toneis de vinho que cercavam as mesas e alguns fechavam cantos reservados como cabines.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Após o abastecimento com um delicioso peixe, que ninguém é de ferro, iniciamos um pedal por uma estradinha que foi no passado, uma ferrovia. O comboio (trem) foi desativado e o espaço é hoje usado como ciclovia. Uma idéia que nosso litoral sul de São Paulo, desde São Vicente até depois de Peruíbe poderia implantar. Cada prefeitura assumiria seu trecho na construção, como fizeram aqui. Quem sabe um dia…

Por esses caminhos fomos penetrando no coração do Vale do Douro, entre parreiras e oliveiras

Uma das estações da ferrovia desativada que hoje é ciclovia

 

Fomos descendo até o nível do Rio Douro. Ele tem várias trechos com níveis diferentes e a navegação é feita com sistemas de eclusas. Desde o Porto se vai até a fronteira com a Espanha navegando por ele em grandes barcos. Um passeio de alguns dias que muita gente ama fazer. É lindo. Como dissemos no começo, falar tudo levaria horas, talvez dias.

 

Já junto ao rio, pedalamos pela rodovia até Pinhão. Foram até então 75k, mas faltava voltar a Provesende onde dormiríamos e lembram que ela é uma das vilas mais altas do Douro. Pois é, tínhamos mais 15k para chegar lá, só que pura subida. Muita subida. Só subida. Precisa muita perna.

Estava entardecendo, embora o sol se ponha depois das 20:30 nessa época, você sente no corpo o final do dia chegando e assim fomos nós. Subindo, subindo, subindo…Tínhamos agendado o jantar às 21:15 e por incrível que pareça, chegamos exatamente no horário. Largamos as bikes na praça em frente ao restaurante e, com muita fome, o jantar nos pareceu o melhor de todos os tempos.

Da janela do restaurante podia-se ver as bikes deitadas na praça, junto ao pelourinho de 1578

Dormimos em Provesende, em um AL (Alojamento Local). Casas grandes, com vários quartos que são transformadas em pousadas, normalmente os donos moram nessas casas. Essa, específicamente, era de um casal holandês que se mudou para Portugal. Foi um dos maiores quartos onde ficamos, melhor que muitos hoteis “estrelados”. Muito confortável, com uma vista linda, um banho muito bom e um pequeno almoço (café da manhã) sensacional, servido, claro, pela proprietária.

No dia 20, sábado, após o pequeno almoço, descemos de carro para…bem…mas essa é outra história para o próximo capítulo ainda na região do Rio Douro, da nossa incrível viagem de bike por Portugal.

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