“Ói nóis aqui trá veis”

Terminado o pedal em Bruges, fomos para Antuérpia.

O prédio atrás da Ju, por incrível que pareça, é a estação central ferroviária, considerada uma das mais lindas estações do mundo.

 

Passamos um final de semana muito gostoso. Como sempre, andamos muito pelas ruas, sem direção e fomos encontrando coisas e pessoas. Três amigas do passeio que fizemos entre Amsterdam e Bruges nos encontraram sentados em um banco na rua. A Ju estava comendo, adivinhem o que? O imperdível waffle recheado com o também imperdível chocolate belga.

Acreditem, entre 1931 e 1933, os belgas construíram um túnel para pedestres e ciclistas, de 500 metros de extensão e 31 de profundidade abaixo do rio Eschelde (Escalda). Existe um outro só para os carros. Nesse dia fizemos um city tour de bike guiado, com as amigas. Foi muito legal.

 

Descobrimos uma cidade que mistura culturas, o antigo e o moderno de forma harmoniosa. Cidade dos diamantes. A grande maioria do diamante que é comercializada no mundo é lapidada em Antuérpia. Há uma forte presença da colônia Judaica.

De acordo com o folclore e como celebrada pela estátua em frente ao palácio municipal, a cidade tem o nome de uma lenda envolvendo um mítico gigante chamado Antigoon que morava perto do rio Escalda. Ele cobrava um pedágio daqueles que atravessavam o rio e aqueles que se recusavam a pagar, ele cortava uma de suas mãos e a atirava ao rio. Pela lenda o gigante foi morto por um jovem herói chamado Brabo que cortou a mão do gigante a a atirou ao rio. Daí o nome Antwerpen do holandes hand (mão) e wearpan (arremessar). Juma também é cultura.

 

No passeio de bike, um casal londrino nos presenteou com um voucher para uma feira gastronômica que estava acontecendo na cidade com a presença de grandes chefs. Tivemos então a oportunidade de experienciar diversos sabores, entre eles a do estrelado Michelin, Restaurante Jane. Ao final um café em um lugar muito especial que encontramos no caminho de volta ao hotel para encerrar nossa jornada belga.

Dia primeiro de maio, segunda-feira, voltamos para a Holanda, para a cidade de Amersfoort e lá ficamos por 5 dias. Na terça choveu o dia todo e também era o meu dia de plantão para gravar GM, como toda segunda e terça-feira, ficamos quietos no hotel. Na quarta-feira dia 3, pedalamos 42k até Soest e Amersfoort e descobrimos o quanto é fácil pedalar na Holanda sem mapa, sem GPS, apenas seguindo a sinalização específica para bikes.

Gostamos muito de Amersfoort e descobrimos que o ponto central do país fica exatamente dentro de uma torre no centro da cidade. Visitamos as incríveis dunas que estão no meio da floresta desde a idade média. Uma enormidade de areia que surge de repente entre as árvores.

Dia 4, quinta-feira, dia sem chuva, fomos visitar Utrech e pedalamos 47k,  sempre por incríveis ciclovias. Em um determinado momento não acreditamos na ciclovia e resolvemos ir pelo GPS, deu errado. Entramos em uma estrada não permitida para bikes. Esqueça o GPS na Holanda e acredite na sinalização das ciclovias. Elas te levam onde você quer. Pelo país inteiro.

A cidade de Utrech nos lembrou em muito Amsterdam e por pouco não encontramos dois amigos que tem casa na Baleia e que moram em Ribeirão Preto que também estavam passeando de bike pela Holanda.

Dia 5, sexta-feira, último dia de Holanda, pedalamos 29k e fomos até Baarn, encerrando nossa aventura holandesa.

Dia 6, sábado, foi só embalar as bikes com muito cuidado para não quebrar novamente e voar para o Porto, Portugal. Até o próximo capítulo. Juma 5.000…

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